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Descrição dos
Grupos de Trabalho

  GT1 - Dinâmica produtiva, mundo do trabalho, inovação e desenvolvimento em múltiplas escalas 

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Coordenação: Edilson Pereira Júnior (UECE), Leandro Bruno (UFF- Campos); Regina Helena Tunes (UERJ)
 

As recentes transformações produtivas, no contexto da reestruturação do capital e do espaço, envolvem mudanças significativas das frações do capital que se relacionam na produção da mercadoria, nas complexas e, cada vez mais perversas, metamorfoses do mundo do trabalho, no crescimento da importância da inovação e do papel do conhecimento no processo de acumulação e espoliação do capital. Essa gama de transformações coloca em xeque e, nesse sentido, nos faz refletir sobre as concepções de desenvolvimento, especialmente em países tardios como os latino-americanos. Em sentido amplo, a metamorfose do processo de produção, nos obriga a repensar também sobre as reorganizações territoriais e a constituição de redes produtivas em múltiplas escalas.

GT 2 - Dominação tecnológica e hegemonia financeira: capitalismo de plataforma e fundos

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Coordenação: Fabio Contel (USP); Fábio Tozi (UFMG); Roberto Moraes (IFF)

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O capitalismo está se deslocando, não apenas na forma de realizar a intermediação financeira, mas no controle e no imbricamento do universo das finanças com a economia real (produção e serviços), de onde extrai renda e realiza apropriação de valor sobre os demais setores da economia, em nova etapa - ainda mais radical - do regime de acumulação, sob o domínio do neoliberalismo e sob a orientação do mercado. A economia digital estruturada sob a forma de plataformas e redes, como infraestruturas de meios de produção e meios de comunicação, serve duplamente ao processo de enlace das finanças digitalizadas no trânsito entre o global e o nacional e também ao desenvolvimento das frações do capital em diferentes escalas,0 produzindo assim, enormes influências sobre o território, as relações de poder, a política e a geopolítica. A hipermobilidade (intersetorial e espacial) do capital financeiro se alimenta da tecnologia como elemento de rearticulação entre o rentismo e a economia real (produção). A tecnologia é simultaneamente instrumento da capitalização e valorização e também veículo para a dominação digital que vem ampliando a hegemonia financeira no capitalismo contemporâneo.

GT 3 - Estado, redes técnicas e reestruturação do espaço: tecnologias e suas implicações jurídicas, organizacionais  e institucionais.

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Coordenação: André Rocha (UFRRJ); Artur Sérgio Lopes (FAETEC); Denis Castilho (UFG) Floriano de Oliveira (UERJ)

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Na medida em que as transformações técnicas avançam em diferentes porções do território, os processos de reestruturação espacial ganham novos contornos políticos. Esse movimento suscita dos estudos econômico-espaciais uma renovada e necessária compreensão do modo como os sistemas de ações articulam escalas de forças envolvendo Estado, grupos corporativos e um intrincado (e conflituoso) processo de luta popular frente às imposições hegemônicas. Na atualidade, esses fatores demandam da ciência novos parâmetros analíticos para compreensão das múltiplas determinações econômicas e sociais de diferentes redes técnicas. A discussão sobre transportes, logística, redes portuárias, redes de energia e de telecomunicações, redes de água e de esgotamento sanitário, etc. são muito bem-vindas a este GT para que se compreendam as questões aqui propostas.

GT 4 - Geografia econômica, neoliberalismo e ecologia política do desenvolvimento

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Coordenação: Claudio Zanotelli (UFES); Leandro Dias de Oliveira (UFRRJ); Mariana Traldi (IFSP); Victor Tinoco (UFRRJ)

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​A proteção da natureza se consolidou como fator econômico e está presente nas mudanças produtivo-espaciais do tempo presente. Ao mesmo tempo em que as ideias de preservação e conservação emergiram junto a movimentos ambientalistas, empresas, organizações não-governamentais, partidos ecológicos, universidades e líderes internacionais, também se consolidou ideologicamente a tecnificação em larga escala, o processo de empobrecimento dos trabalhadores e volatilização do emprego e o advento de formas flexíveis de produção. Há uma extensa agenda de pesquisas neste encontro de saberes da ecologia política e da geografia econômica, que inclui pensar o “desenvolvimento” econômico, a construção do chamado “capitalismo verde” junto à adoção da flexibilidade produtiva – em particular nos países periféricos – e os princípios da ecoeficiência empresarial, com as alianças estratégicas entre o neoliberalismo como processo social e econômico e o desenvolvimento dito sustentável, que se revelam antinomias insuperáveis em relação ao meio. Da mesma maneira, há que se refletir sobre o catálogo de ajustes ambientais das empresas e o papel atual do Estado, em particular o brasileiro, que adotou uma política de guerra política, cultural, social e ambiental contra as “minorias” como forma de dominação social. É necessário também investigar as novas ondas de apropriação da natureza para fins ambientais e a consequente despossessão de populações na periferia do mundo, a terceirização de responsabilidades ecológicas e a instalação de indústrias em esconderijos espaciais, com a criação de zonas de sacrifício e espaços segregados, que fazem parte desse rol paradoxal de ações concretas dos setores produtivos e que revelam, em última instância, o neoliberalismo em sua forma mais beligerante e autoritária.

GT 5 - O complexo imobiliário-financeiro na produção do espaço na contemporaneidade

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Coordenação: Beatriz Rufino (FAU-USP); Daniel Sanfelici (UFF); Leda Buonfiglio (UFF)

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A análise do imbricamento entre os capitais financeiro e imobiliário, ainda que não se constitua como novidade, tem se tornado cada vez mais importante nas pesquisas que versam sobre a problemática do urbano na contemporaneidade. Diversos instrumentos e instituições financeiras têm sido criados e atuam na produção de megaprojetos urbanos e de infraestrutura que envolvem investimentos privados, consorciados e públicos.

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